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O mercado de trabalho ainda tem perfil conservador e carregado de vieses inconscientes gerando falta de representatividade nas empresas de todos os marcadores sociais nas diversas camadas da pirâmide.

Quantas mulheres, negros, gays, refugiados, transgênero, autistas estão nos conselhos de administração? E nas diretorias? E nas posições gerenciais?

Você consegue imaginar uma sociedade democrática não inclusiva?

Você consegue imaginar uma empresa humanizada e não inclusiva?

Empresas inclusivas dão oportunidades iguais e escolhem serem inclusivas com todos os seus públicos e atividades.

A Série INCLUSÃO DA DIVERSIDADE tem esse objetivo, trazer à luz as diversas dimensões da diversidade para que tenhamos consciência em que mundo vivemos e que mundo queremos.

Não se pode construir o futuro negando nossa realidade.

Impossível construir um mundo melhor se não nos reconhecemos como separatistas e preconceituosos, uma sociedade cruel, que separa, aniquila e que ignora a diferencia.

Impossível incluir um autista se ainda o percebemos como uma pessoa tímida, reservada e com dificuldade de se comunicar. Impossível incluir um refugiado se ainda o vemos como uma pessoa sem educação, cultura ou história, só apto a sub-empregos.

Diversidade é o conjunto de diferenças e semelhanças que caracterizam todos nós, não apenas as diferenças.

Diversos não são os outros, diversos somos todos nós.

Incluir é um verbo de ação, pressupõe uma interação, movimento de duas partes.

Incluir é dar existência ao outro e reconhecer um outro que é diferente de nós.

Reconhecer outras verdades, e aprender com o outro.

Incluir é permitir que o outro seja ele mesmo sem alterar nada essencial, reconhecer a existência do outro e que continue a ser diferente de mim.

Incluir é encontro, acolhimento, diálogo, troca, enriquecimento.

Inclusão é coragem, não ter medo da diferença.

Inclusão tem a ver com justiça, colaboração, criatividade e inovação para os desafios que afetam o planeta.

Mais do que entender, a ideia é ir além da tolerância e buscar as dimensões da diversidade e as contribuições que essas diferenças fazem para o mundo. Precisamos desejar e celebrar a diversidade.

A Série INCLUSÃO DA DIVERSIDADE quer mostrar o universo das empresas, sociedade e educação e algumas das dimensões da diversidade. Vamos tratar e ouvir executivos trazendo a questão do racismo estrutural, orientação sexual, LGBTQI+, gênero, vamos tratar do mundo do autista, refugiados, os desafios e dificuldades das pessoas Transgênero e principalmente vamos falar de como construir ambientes seguros para sermos o que queremos ser.

 

#02 Futuro da Inclusão e Futuros Possíveis – Entrevista com Filipe Rolof – Líder de Diversidade e Inclusão na SAP Labs Latin América. Escolhido pelo Financial Times como Futuro Líder LGBT, em 2017 e 2018 e vencedor do prêmio Excelência Brasil da Out & Equal ONG, a maior ONG de diversidade e inclusão do mundo.

#03 A Diversidade nas Empresas – Entrevista com Mariana Simões Gerente de Sustentabilidade e Diversidade da White Martins, Vladimir Alves Gerente de Diversidade e Inclusão Latam da John Deere e Cecilia Pinzon – Inclusion & Diversity Regional Leader da Korn Ferry International

#04 O Racismo na ótica de Executivos Negros – Papo com Wellington Silverio – Diretor de RH Latam da John Deere; Glaucia Santos – Gerente de People Experience & Diversity da EDP; Agnaldo Souza, Finance Advisor; e Ana Clara Silva PInto – Gerente de RH Itaú Unibanco

#05 Um Banco diverso e inclusivo – Entrevista com o CEO do Pride Bank, Marcio Orlandi

#06 Os Programas de Inclusão do Autismo nas Empresas – Entrevista com Eliane Demitry e Thaís Catarino da SAP; Suzana Kubric – Diretora de RH da Kantar e Marcelo Vitoriano Diretor Geral Specialisterne Brasil

#07 O Autismo na Ótica das Mães – Papo foi com as mães Sabrina Mello, Mariana Ornelas, e Melyssa Nassar.

#08 Humor Azul – o outro lado do autismo na visão do Cartunista, Autista e Ativista Rodrigo Tramonte e da CEO da ONG Autonomia Andrea Monteiro.

#09 O Autismo no mercado de trabalho – Entrevista com Ronaldo M. e Andressa Santos, Psicóloga e Tutora de Formação.

#10 Autismo Tech – Construindo soluções para inclusão de autistas no mercado de trabalho – Entrevista com Caio Bogos, Founder da Infinity EVO; Guilherme Estevão, Head de Relações Corporativas da FIAP; e Eduardo Nunes, Executivo de RH, Mentor Autismo Tech

#11 O Transgênero e o mercado de trabalho – Conversa com Michelle Cassimiro, Gerente da Accenture; Gabriela Augusto, CEO da Transcendemos; e Patricia Augusto, Psicóloga e Palestrante.

#12 Refugiados: Identidade e Oportunidade – Conversa com Lilian Rauld, Head de Diversidade & Inclusão na SODEXO uma apaixonada pela diversidade cultural; Roberto Rotenberg, coach e facilitador de diálogos da Eight Diálogos Transformadores e co-fundador do projeto NAMOA.

#13 A Inclusão na ótica de um refugiando Congolês – Conversa com Christian Sakaji Kanga Congolês e Refugiado no Brasil.

#14 Profissionais com Deficiência – Mais possibilidades e menos limitações – Entrevista com Aneliz Silva, especialista em Diversidade e Inclusão em uma empresa varejista, Julia Piccolomini Business Partner de um dos maiores escritórios de advocacia Trench, Rosi e Watanabe e Katya Hemelrijk da Silva – Consultora Especialista em Diversidade e Inclusão – Talento Incluir

#15 Diversidade Etária – Entrevista com Cris Guerra: Palestrante, Escritora, Produtora de Conteúdo Digital, Influencer no sentido mais profundo da palavra e que se identifica como muitas Cris ou Crises, uma delas com 50 anos. Entre os vários pensamentos e afirmações, Cris diz que envelhecer é deixar os pensamentos rígidos da juventude para traz, mas trazer junto os ensinamentos de todas as idades.

#16 Sem Diversidade não há inovação.

 

 

Abrimos essa série com um papo muito inspirador com Filipe Roloff.

Abordamos questões como a necessidade de mudar uma estrutura social e organizacional injusta e os impactos nas questões humanas.

Filipe mostrou os avanços que tivemos no Brasil por volta de 2014 e 2015 quando passamos a falar mais sobre o tema e um melhor entendimento das empresas como um tema imprescindível para a inovação e o posicionamento empresarial.

Consensamos que não há mais como ir adiante se não se refletir e se agir sobre a estrutura social atual e se perguntar: quem é que está dentro das nossas empresas em comparação com as pessoas lá fora? E se não está, por que não está?

Filipe destaca que a Diversidade carrega muitos níveis, desde a fase burocrática, construir normas internas, compliance e preparar o ambiente até a fase de inovação quando todos dentro da organização são donos e protagonistas do tema.

É importante uma empresa reconhecer em que estágio se encontra e como se movimentar pelo plano estratégico.

Diversidade está em tudo, não é um tema só de RH ou só de uma pessoa ou área.

Diversidade passa por definição de produtos e serviços e por todos na cadeia e nas relações com todos os stakeholders.

Por fim falamos da existência do desconforto e a necessidade de uma inovação real e social através do diálogo e do engajamento com a causa – precisamos mudar a consciência que temos sobre o mundo e redefinir as múltiplas definições que aprendemos e mais: PRECISAMOS CONVIDAR A TODOS PARA ESSA CONVERSA.

Reforço aqui o meu chamado no vídeo de abertura.

Deixe aqui seu comentário, compartilhe esse e os outros vídeos, leve esse tema para a conversa nos grupos que participa e na organização em que trabalha.

Nesse episódio conversamos com três profissionais experientes no tema de Diversidade e especiais nas suas trajetórias e visão.

Foi uma conversa muito inspiradora.

Entrevistei Mariana Simões – Gerente de Sustentabilidade e Diversidade da White Martins, Vladimir Alves – Gerente de Diversidade e Inclusão Latam da John Deere e Cecilia Pinzon – Inclusion & Diversity Regional Leader da Korn Ferry International.

Cecilia começou contextualizando as diversas dimensões e ampliando o tema para o conjunto das diferenças.Cecilia também mostrou as diferenças desse tema quando se compara EUA, Ásia, América Latina e África. Um destaque segundo ela são as diferenças dentro da América Latina, exemplificando as diferenças entre um mexicano, um argentino, um colombiano e um brasileiro.

Mariana abordou a questão da Diversidade tanto vinculada com a Cultura e com o Employee Brand e apresentou os três pilares na White Martins: Atração, Desenvolvimento e Cultura.

Vladimir compartilhou os 04 pilares de Diversidade para a John Deere: gênero (Empoderamento de Mulheres e LGBT), diversidade na produção, PcD e Cultura (raça e gerações) e os grupos de afinidades formados por voluntários em todos esses pilares.

 

 

Dos 209,2 milhões de habitantes do país, 19,2 milhões se assumem como pretos, enquanto 89,7 milhões se declaram pardos. Os negros – que o IBGE conceitua como a soma de pretos e pardos – são, portanto, a maioria da população.

A superioridade nos números, no entanto, ainda não se reflete na sociedade brasileira. Embora, pela primeira vez, os negros sejam maioria no ensino superior público brasileiro, eles ainda são minoria nas posições de liderança no mercado de trabalho e entre os representantes políticos no Legislativo. Também são uma parte ínfima da magistratura brasileira.

Entre aqueles que não têm emprego ou estão subocupados, negros são a maior parte. Também são a maior parte entre as vítimas de homicídio e compõem mais de 60% da população carcerária do país. Negros também são sub-representados no cinema, sendo minoria entre os vencedores e os integrantes de júris de premiações.

Nesse episódio, conversamos com quatro executivos e profissionais negros sobre o Racismo dentro das Empresas. Wellington Silverio – Diretor de RH Latam da John Deere; Glaucia Santos – Gerente de People Experience & Diversity da EDP; Agnaldo Souza, Finance Advisor; e Ana Clara Silva PInto – Gerente de RH Itaú Unibanco

Foi uma conversa muito inspiradora e altamente provocativa.

 

Os números citados logo no início da entrevista estão apontados no Relatório da Agência Lupa, publicado em novembro de 2019 e disponibilizado no link logo abaixo.

 

Dia da Consciência Negra: números expõem desigualdade racial no Brasil

 

Marcio começou contando como tudo começou.

O Pride Bank nasceu a partir da visão de 2 amigos: Maria Fuentes e Alexandre Simões. A idéia foi apresentada à Digital Banks e assim nasceu o primeiro banco digital com propósito social em sua essência.

Segundo Orlandi, havia um mercado carente, desejoso por produtos bancários para um público ignorado e até certo pronto desprezado. A causa nasceu primeiro. A causa está no DNA do Banco – Um Banco digital inserido, nunca exclusivo, na comunidade LGBT, devolvendo para a comunidade onde ela mais precisa, ongs e coletivos, cultura, entretenimento e esportes.

Para focar nas causas sociais o Pride Bank já nasce com o Instituto Pride, que associado à Welight – parceira de impacto social – irá receber e investir uma porcentagem da receita em causas sociais e no enfrentamento da LGBTIfobia.

Uma causa a ser apoiada, seguida, disseminada e valorizada.

Marcio Orlandi também compartilhou sua história pessoal e seu engajamento com a causa gay.

Foi uma conversa muito inspiradora.

https://pridebank.com.br/

 

 

Nesse episódio entrevistei Eliane Demitry e Thaís Catarino da SAP; Suzana Kubric – Diretora de RH da Kantar e Marcelo Vitoriano Diretor Geral Specialisterne Brasil, dialogando sobre o Autismo no mercado de trabalho.

A possibilidade de pessoas com autismo conseguirem uma oportunidade de trabalho está muito longe do ideal ainda que estejamos melhorando exponencialmente mundo a fora. Para quem tem TEA de alto funcionamento — como se diz quando suas habilidades sociais e de comunicação são menos comprometidas — parece ser mais fácil, mas nem sempre. Os números ainda impressionam – cerca de 80% de adultos autistas estão fora do mercado de trabalho. Só no Brasil, esse número pode chegar a 1,4 milhão.

O que muitas empresas vêm percebendo é que portadores de TEA podem ser altamente produtivos, desde que se encontre a função certa para o perfil de cada um. As dificuldades para se comunicar e interagir socialmente, tendência a padrões repetitivos e interesses focados, podem ser superadas por virtudes como a memória acima da média, a aptidão matemática, a ligação natural com a tecnologia, o talento artístico, a habilidade visual, a alta capacidade de concentração – especialmente quando gostam da atividade –, a honestidade e a fácil assimilação de padrões e regras.

O caso da SAP, desenvolvedora alemã de softwares de gestão de empresas, é uma referência dessa visão. A empresa desenvolveu em 2013 o programa Autism at Work e já tem mais de 140 colaboradores com TEA em 13 países, atuando em diferentes funções – no Brasil, são 19 autistas contratados, sendo dez efetivos e nove estagiários, distribuídos por áreas técnicas, como desenvolvimento de soluções e suporte às vendas.

A Kantar é outra empresa que abraçou essa causa. Líder global em inteligência de mídia, braço do´Grupo WPP, maior grupo de publicidade do mundo. Em 2017 se instalou o Comitê de Diversidade dentro da Kantar e como num insight descobriram a aderência muito grande das potencialidades dos neurodiversos com um dos cargos que exige rotina e concentração. O olhar foi para a potência e não para a deficiência. Segundo Suzana, tem sido uma jornada de muita aprendizagem, transpiração e de muito sucesso.

Specialisterne é uma organização social, nascida na Dinamarca em 2004, com o objetivo de promover a capacitação de pessoas com autismo em tecnologia da informação e desenvolvimento de habilidades sociais com vistas à inclusão profissional, em atividades de TI e tarefas administrativas. Hoje, a Specialisterne está presente em 21 países com projetos em 50 cidades. Este projeto contribuiu, no mundo, com a inclusão de mais de 10.000 pessoas com autismo no mercado de trabalho. No Brasil, desde 2015, proporcionou a formação e capacitação de mais de 170 pessoas com autismo, contribuindo com a inclusão de mais de 120 profissionais no mercado de trabalho.

Para todos os entrevistados lidar com programa de autismo dentro das suas empresas acabou sendo o projeto do coração.

Como todas as outras conversas, essa não ficou atrás, foi uma conversa muito inspiradora.

 

 

Difícil não se emocionar e não se inspirar com a conversa com essas 03 mulheres incríveis, mães fortes e ativistas da causa do autismo. O papo rolou com Mariana Ornelas, Sabrina Mello e Melyssa Nassar, mães de crianças autistas.

Falamos da descoberta, diagnóstico às terapias para o desenvolvimento.

O diagnóstico de um Transtorno do Espectro Autista (TEA) traz muitos desafios aos familiares de uma criança ou adolescente com esta condição. É importante que além dos pais, professores, todos ao redor saibamos do que se trata, como se comporta e como lidar com essa diversidade.

Atualmente, segundo dados americanos, uma em cada 59 crianças é diagnosticada com autismo, sendo que no Brasil estima-se que em torno de um milhão de pessoas entre 0 e 19 anos tenham características do espectro.

O maior desafio, para Mariana Ornelas é pensar no hoje: “conseguir atender o Vitor hoje” e parar de ficar pensando no futuro. Para Sabrina, o desafio é a solidão, as relações familiares, a empatia e o se importar. Para Melyssa o desafio é falar muito sobre esse tema, pois acredita que muitas pessoas são neurodiversas mas não sabem que são.

 

Meu agradecimento especial ao Gael, Vitor e Erick e aos pais, que mesmo ausentes nessa entrevista, presentes de coração.

Nesse episódio eu conversei com duas pessoas muito especiais. Rodrigo Tramonte, cartunista e caricaturista profissional, descobriu aos 30 anos ser um autista de alto funcionamento.

Rodrigo colabora com ONGs pró-autismo faz palestras de conscientização sobre o tema e utiliza seu talento tanto para superar suas dificuldades como para trazer luz sobre o tema.

O segundo papo foi com a Andrea Monteiro, empreendedora social, diretora da ONG Autonomia, uma grande e recente amiga, que me apresentou o Rodrigo Tramonte e tem sido uma fonte de inspiração nessa série.

Andrea é uma mulher forte, determinada, mas doce, meiga e carinhosa.

Vou me repetir, mas novamente foi uma conversa inspiradora e imperdível.

 

Nesse episódio, abordamos novamente o universo e o dia-a-dia de um profissional adulto com diagnóstico do TEA – espectro autista. Eu entrevistei Ronaldo, um profissional de altíssima qualificação e experiência em grandes corporações, tanto no Brasil como no Exterior.

Ronaldo é um autista de grau leve e com interesses amplos e profundos. Aos 37 anos, teve o diagnóstico do TEA após uma busca de meses por um profissional qualificado (psiquiatra) que pudesse ajudá-lo no entendimento e compreensão das dificuldades que sempre sentiu nos relacionamentos em particular com os familiares.

Foi um papo muito gostoso, leve e rico.

Ronaldo é uma pessoa muito especial, gentil e muito corajoso em compartilhar sua história e vida pessoal. Obrigado Ronaldo por fazer parte dessa série e dar clareza a esse marcador da diversidade – o espectro autista.

É sempre bom lembrar, que apesar de uma previsão otimista para os próximos anos, dados do IBGE dão conta de que 85% doas autistas brasileiros estão fora do mercado de trabalho. Pense nisso!

Participou na conversa Andressa Santos, Psicóloga que atua como Tutora de Formação apoiando o processo da Specialisterne.

Specialisterne é uma organização social, nascida na Dinamarca em 2004, com o objetivo de promover a capacitação de pessoas com autismo em tecnologia da informação e desenvolvimento de habilidades sociais com vistas à inclusão profissional, em atividades de TI e tarefas administrativas. Hoje, a Specialisterne está presente em 21 países com projetos em 50 cidades. Este projeto contribuiu, no mundo, com a inclusão de mais de 10.000 pessoas com autismo no mercado de trabalho. No Brasil, desde 2015, proporcionou a formação e capacitação de mais de 170 pessoas com autismo, contribuindo com a inclusão de mais de 120 profissionais no mercado de trabalho.

É sempre bom lembrar, que apesar de uma previsão otimista para os próximos anos, dados do IBGE dão conta de que 85% doas autistas brasileiros estão fora do mercado de trabalho.

Pense nisso!

A prevalência de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) vem aumentando ano a ano. Em 2004, o número divulgado pelo CDC era de que 1 pessoa em 166 tinham TEA. Em 2012, esse número estava em 1 em 88. Na publicação de 2020, a prevalência está em 1 em 54.

No mundo há cerca de 70 milhões de pessoas com Transtorno no Espectro Autista, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU).

As oportunidades no mercado de trabalho para adultos que estão nesse espectro são ainda mais limitadas. Estima-se que a taxa de desemprego das pessoas com autismo chega a 85%. A alta taxa, segundo especialistas, é decorrente de diversos fatores como o preconceito e a falta de ferramentas apropriadas para que esses profissionais possam realizar seu trabalho.

Hackathon Autismo Tech, competição de codificação e desenvolvimento, busca endereçar exatamente esses desafios. Elaborado e promovido pela FIAP, em parceria com a startup Infinity Evo, o Hackathon Autismo Tech busca encontrar soluções tecnológicas que promovam a inclusão de profissionais no espectro autista.

Nesse episódio eu conversei com Guilherme Estevão, Head de Relações Corporativas da FIAP e coordenador da Hackaton, Caio Bogos Founder da Infinity EVO e Eduardo Nunes, executivo de RH e mentor da última edição.

 

Esse foi um dos episódios mais emocionante e impactante para mim. Tive a honra e a oportunidade de conversar com três pessoas especiais, de uma dignidade ímpar e absolutamente corajosas, por terem aceitado o meu convite e por compartilharem suas histórias pessoais.

Falamos dos medos, das angústias, das dúvidas e das dificuldades que fizeram parte da jornada pessoal, da inadequação à transição de gênero. Falamos da aceitação pessoal e da decisão de seguir em frente e buscar o lugar que nos cabe e nos é de direito, mesmo quando todo o sistema não está a nosso favor.

Desde o início da Série Inclusão da Diversidade sabia que me emocionaria e me tocaria muito quando tivéssemos que tratar sobre o tema Transgênero e Autismo.

Quero deixar meu reconhecimento e agradecimento à essas três mulheres especiais: Melissa Cassimiro Gerente da Accenture, Gabriela Augusto Diretora e Fundadora da Transcendemos Consultoria que se dedica à Diversidade e Inclusão e Patricia Augusto, Psicóloga e Palestrante.

Assista, comente, compartilhe e leve esse tema para conversar nas suas rodas e redes.

Diversity Matters - Relatório McKinsey & Company
Diversity Matters – Relatório McKinsey & Company

 

 

 

 

 

 

Diversity Wins - Relatório McKinsey & Company

Diversity Wins – Relatório McKinsey & Company

Segundo o Alto Comissariado de Refugiados da ONU, em 1950, dois milhões de pessoas se deslocaram pelo mundo. Em 2015 foram 53 milhões. Atualmente, estima-se 65,6 milhões de pessoas são consideradas refugiadas – algo como a população total da França, Reino Unido ou Itália.

Existem vários tipos de refugiados no mundo, alguns por condições de perseguição política, conflitos armados e guerrilhas, e os ligados a fome, discriminação racial, social ou religiosa.

O Brasil recebe um alto número de refugiados.

Os números apontam mais de 12 milhões. Desse total, 75% são homens e em termos de nacionalidade, sírios representam 36%, congoleses 15%, angolanos 9%, colombianos 7%, venezuelanos e haitianos.

Essa é uma questão dramática, pois além dos problemas das questões deixadas para trás como família, história, origens, ainda existem os problemas que esses migrantes encontram pela frente: as diferenças culturais, as dificuldades com idiomas, a busca por um emprego e, principalmente, a xenofobia (aversão a estrangeiros).

Para discutir esse tema convidei a Lilian Rauld, que trabalha com Diversidade & Inclusão na SODEXO, palestrante e se reconhece como uma apaixonada pela diversidade cultural. Lilian é co-autora do livro Inserção de Talento e da Força de Trabalho de profissionais refugiados nas organizações brasileiras.

Participou dessa conversa também Roberto Rotenberg, que além de coach e facilitador de diálogos na Eight Diálogos Transformadores. Roberto é também co-fundador do projeto NAMOA, uma plataforma de ações que apoia pessoas em condições de refúgio no Brasil – lidam com a identidade por meio da oportunidade.

Difícil não se inspirar com o Christian, sua história e jornada pessoal como um refugiado Congolês, no Brasil desde 2012.

Christian era estudante de Comunicação Social e por questões ideológicas e ativismo político resolve sair do Congo e se refugiar no Brasil, deixando para trás toda sua história, cultura, família e amigos.

Aqui enfrentou dificuldades de língua, falta de apoio e infra-estrutura, tendo que lutar e sobreviver sozinho.

Uma história de luta e superação!

Nesse episódio vamos tratar dos desafios da inclusão de profissionais PCDs no mercado de trabalho. Nesse campo, falta conhecimento e sobre despreparo de ambos os lados.

A Lei de Cotas datada de 1991 diz que as empresas com mais de 100 funcionários são obrigadas a preencher de 2% a 5% de vagas com pessoas com deficiência. Mas apesar disso ainda temos muito despreparo e falta de inclusão também nesse marcador social.

Em publicação recente na mídia a Natura supera a cota legal e quer mais pessoas com deficiência. Muitas outras empresas fazem o mesmo. Enquanto a geração de emprego para pessoas com deficiência segue negativa, a Natura busca aumentar o número de funcionários e desenvolvê-los. Porque algumas empresas vão além e outras não atendem as cotas, preferindo pagar as multas por descumprimento.

Por outro lado, não basta ter uma política de contratação, pois muitas vezes a falta de conhecimento sobre o tema e o despreparo, tanto da empresa quanto do trabalhador com deficiência, faz com que esta relação seja desgastante e infrutífera para ambos.

Para compartilhar ideias e experiência de vida eu convidei três pessoas incríveis que trabalham com diversidade, diria que escolheram essa causa para atuarem e construir um mundo diferente, mais inclusivo. Aneliz Silva, especialista em diversidade e inclusão em uma grande empresa do segmento do varejo, Julia Piccolomini Business Partner Regional de um dos maiores escritórios de advocacia Trench Rossi Watanabe e trabalha com o tema de diversidade e inclusão e Katya Hemelrijk da Silva – Consultora Especialista em Diversidade e Inclusão – CEO da Talento Incluir

O aumento da diversidade no ambiente de trabalho, faz com que tenhamos visões mais plurais e com isso:

  1. uma gestão mais humanizada
  2. mais responsabilidade social – olhar para o entorno
  3. representatividade interna e na relação com o mercado
  4. melhoria da percepção de marca tanto pelo público interno quanto pelo público externo da empresa.

Não há inovação sem inclusão, sem diversidade.

“Envelhecer não é para os fracos. Ainda mais num país em que a palavra soa como um crime. A pessoa faz aniversário e já sai tentando arrumar uma identidade falsa. Não dá pra continuar incentivando esse preconceito.”

 

Para encerrar a série Inclusão da Diversidade, não poderíamos deixar de lado o preconceito e discriminação pela idade ou etarismo. 

Quantas vezes vc não ouviu a seguinte frase: você não tem mais idade para isso ou esse corte de cabelo não combina com a sua idade ou esse modelo de roupa, essa balada noturna, não são mais apropriados para sua idade. E se entrarmos no mercado de trabalho, pior ainda, quantas recusas de pessoas ainda produtivas e competentes, para uma vaga simplesmente por serem consideradas velhas demais.

Isso é o que chamamos de preconceito ou discriminação com a idade ou etarismo. Ele está em todos nós e é tão comum que quase não nos damos conta. É mais um dos viéses inconscientes que temos.

Recentemente um episódio da Porta dos Fundos chamado “Responsável”, em que Fábio Porchat interpreta um homem numa reunião online que é interrompido pela mãe várias vezes e o Porchat trata a mãe de 55 anos, em todas as vezes, como se ela fosse uma criança, causou estranheza, repúdio e muitas reações.

Das respostas, a mais elegante e inteligente, na minha percepção foi a da Cris Guerra. Cris é uma mulher grisalha, tatuada, de 50 anos, escritora e influencer de moda – se ainda não viu, veja no youtube

Obrigado Cris pela conversa inspiradora. foi um enorme prazer e aprendizado essa conversa.

 

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